O que foi uma doce rotina para o Galo em 2021 se repetiu no Campeonato Mineiro de 2022. O Atlético-MG venceu o Cruzeiro no Mineirão neste sábado (2) e se consagrou campeão estadual pelo terceiro ano consecutivo, uma sequência que não alcançava desde 1980.

O Galo derrotou o rival por 3 a 1. O ídolo Hulk marcou o primeiro e o terceiro gol da partida, além de oferecer o passe para o segundo, anotado por Nacho Fernández.

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Assim, o herói da conquista atleticana fechou mais uma competição com desempenho perfeito. Hulk, afinal, foi artilheiro da competição com dez gols, três a mais que o cruzeirense Edu. Ele repetiu o roteiro do Brasileirão e da Copa do Brasil de 2021, quando também conduziu a equipe aos títulos como máximo goleador dos torneios.

O estadual tinha o Atlético como franco favorito ao troféu, tendo feito a melhor campanha da primeira fase, com 28 pontos em 33 possíveis. Venceu os dois jogos das semifinais diante da Caldense e agora passou pelo Cruzeiro no Mineirão, marcando sua 47ª conquista do campeonato mineiro.

O Atlético já havia vencido a Supercopa do Brasil nesta temporada. Após a nova conquista, busca feitos ainda maiores. Além de defender os títulos do Brasileirão e da Copa do Brasil, tentará voltar a vencer a Libertadores, torneio em que foi semifinalista em 2021, com estreia na próxima quarta-feira, diante do Tolima, na Colômbia.

Por sua vez, o Cruzeiro tentará retornar à elite do futebol nacional em sua terceira participação consecutiva na Série B, com o primeiro jogo sendo na próxima sexta-feira, contra o Bahia, na Fonte Nova. O clube também avança na Copa do Brasil, chegando à terceira fase.

A final, com a presença das duas torcidas no Mineirão, que teve 50% de ingressos para cada clube, atraiu 53.572 torcedores ao estádio.

Primeiro tempo

Os times foram definidos com algumas novidades para o clássico. No Atlético, com Mariano e Zaracho escalados, a equipe não teve seus três atacantes de origem frequentes na temporada.

Réver atuou na zaga devido à lesão de Godín, enquanto Vargas não jogou por estar com virose. No Cruzeiro, as mudanças foram mais drásticas. Paulo Pezzolano reforçou a marcação no meio-campo com a entrada de Pedro Castro no lugar de João Paulo e trocou um dos atacantes: Vitor Leque entrou no lugar de Waguininho.

Embora tenha iniciado buscando ser mais ofensiva, a Raposa correu muitos riscos devido a falhas na saída de bola. Aos 4 minutos, Rafael Cabral errou um passe, mas se recuperou ao defender um chute perigoso de Hulk. Aos 10, Zaracho cabeceou para fora após cruzamento do atacante.

O time celeste conseguia equilibrar o confronto e ameaçar o rival, como em um chute de longe de Pedro Castro, aos 15, que o goleiro Everson defendeu.

Enquanto isso, o Galo continuava atacando. Aos 31 do primeiro tempo, Hulk recebeu, girou sobre Eduardo Brock e finalizou no canto esquerdo: 1 a 0.

Após o gol, o Atlético recuou, e o Cruzeiro ameaçou o empate três vezes até o final do primeiro tempo, mas não teve eficácia nas finalizações.

Segundo tempo

O segundo tempo não teve a mesma intensidade da etapa inicial. O Cruzeiro atacou, mas não conseguiu ser efetivo.

Com a vantagem, o Atlético passou a encontrar mais espaços e marcou o segundo gol aos 19 minutos, em um contra-ataque onde Hulk acionou Nacho, que chutou forte, marcando um golaço.

O desempenho da segunda etapa tinha um cenário claro: o Cruzeiro atacava, mas era o Atlético quem controlava a partida.

O terceiro gol veio aos 34 minutos, após Hulk ser derrubado na área por Rafael. O próprio atacante cobrou, rasteiro, no canto esquerdo, sem chance para o goleiro, ampliando o placar.

A decisão já estava definida, e a festa ficou por conta da torcida atleticana, que lotou o Mineirão. No fim, Edu, de cabeça, diminuiu para o Cruzeiro após um escanteio.