A marca de bebidas Brahma e a rede Orthopride anunciaram nesta sexta-feira (16) o rompimento do contrato de patrocínio com o Santos Futebol Clube, em virtude dos relatos envolvendo o jogador Robinho em um caso de estupro na Itália. O jogador foi condenado em primeira instância.

“Repudiamos veementemente os fatos relatados e não discutiremos sobre a renovação enquanto o jogador tiver contrato com o clube”, publicou a Brahma, em seu perfil oficial no Twitter. “Agradecemos ao clube pela parceria nesses últimos anos e seguimos ao lado das torcedoras e torcedores.”

Na mesma noite, Santos e Robinho anunciaram a suspensão do contrato.

Além da Brahma, outras marcas se pronunciaram. Kicaldo, Philco, Tekbond e Casa de Apostas já haviam declarado anteriormente que, caso o contrato de Robinho fosse mantido, o patrocínio ao clube seria cancelado. A rede Orthopride também optou por rescindir o contrato e fez o anúncio em suas redes sociais.

Outras patrocinadoras, como a Umbro, responsável pelos uniformes do time, ainda não se manifestaram.

O jogador Robinho, cujo nome verdadeiro é Robson de Souza, foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual em grupo contra uma jovem na Itália. A decisão da justiça italiana ainda não é definitiva e está sendo contestada pela defesa do jogador.

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No entanto, nesta sexta-feira, o site GE, do Grupo Globo, revelou trechos de interceptações telefônicas realizadas pela polícia italiana, nos quais o jogador aparentemente comenta seu envolvimento no caso. Segundo a reportagem, a jovem de 23 anos teria sido levada ao camarim de uma boate e assediada por cinco homens, incluindo Robinho e um amigo brasileiro, Ricardo Falco.

Em trechos das ligações gravadas e publicadas pelo site, Robinho afirma: “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”.

A justiça italiana considerou essas falas autoincriminatórias.

O Santos havia anunciado a contratação de Robinho na semana passada.

Sobre a reportagem do GE, a defesa de Robinho afirma que o jogador não cometeu o crime do qual é acusado e que todas as suas relações foram consensuais. Por se tratar de um processo sigiloso e ainda em andamento, a defesa alega que está limitada a comentar sobre os méritos das acusações, mas se compromete a apresentar provas à Justiça italiana que, segundo os advogados, irão inocentar Robinho.